segunda-feira, 30 de agosto de 2010
Até amanhã...
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
O outro eu
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
Joana
com tons de cinza descolorindo seu coração,
incendiado pela fogueira:
a marca dura e fria de sua condenação.
sua bruxaria:
ingenuidade acreditar em um mundo superior?
iludida por um heroismo
facilmente corrompido em pecado.
sufocou sentimentos,
quando não mais soube omitir
desintegrou seu medo,
transformou-o em coragem e lutou.
derramou sangue,
por amor
e fé.
quanto vale a honra
daqueles que não compreendem
as marcas que irão deixar?
não há arrependimentos pra quem
soube que errou pelos motivos certos.
a consequência inevitável de sua lembrança:
- escura, sombria, medonha, triste.
- má, cruel, melancólica,
e agora, morta pelas armas de sua esperança!
domingo, 8 de agosto de 2010
"É que gente, gente nasceu pra querer."
E era um caminho tão difícil. Não saber se queria seguir pelas estradas que pensava serem tão boas, que pudessem abrir experiências que eram ocultadas, na normalidade do dia-a-dia, àqueles que são comuns.
Ela se perguntava “qual o segredo da vida?”, mas resposta alguma fora ouvida. Naquele momento sentiu uma solidão inexplicável. Se haviam outros seres no universo? Por um frágil momento ela sentiu apenas a própria existência, não tão existente.
O vento contra as plantas, as grandes plantas sem flores de seu jardim, assustava um cachorro que caminhava perdido. Corria de um lado para o outro, procurando abrigo nas pernas, nos braços... ou escondendo-se atrás dos vasos. Mas nenhum abrigo fora revelado suficiente: o homem o enxotava, e o vaso abrigava alguma planta... que o assustava. Assim, ela sentia-se quase sempre: como um capricho singular em algum momento paralisado pela preguiça da vida em tecer mais alguma teia. Talvez estivessem ocupados com outras pessoas destinadas a vivências interessantes.
Talvez ela simplesmente não fosse suficiente para que alguém lhe escolhesse uma linha, talvez ela não valesse o tempo de um trago.