domingo, 8 de agosto de 2010

"É que gente, gente nasceu pra querer."

E era um caminho tão difícil. Não saber se queria seguir pelas estradas que pensava serem tão boas, que pudessem abrir experiências que eram ocultadas, na normalidade do dia-a-dia, àqueles que são comuns.

Ela se perguntava “qual o segredo da vida?”, mas resposta alguma fora ouvida. Naquele momento sentiu uma solidão inexplicável. Se haviam outros seres no universo? Por um frágil momento ela sentiu apenas a própria existência, não tão existente.

O vento contra as plantas, as grandes plantas sem flores de seu jardim, assustava um cachorro que caminhava perdido. Corria de um lado para o outro, procurando abrigo nas pernas, nos braços... ou escondendo-se atrás dos vasos. Mas nenhum abrigo fora revelado suficiente: o homem o enxotava, e o vaso abrigava alguma planta... que o assustava. Assim, ela sentia-se quase sempre: como um capricho singular em algum momento paralisado pela preguiça da vida em tecer mais alguma teia. Talvez estivessem ocupados com outras pessoas destinadas a vivências interessantes.

Talvez ela simplesmente não fosse suficiente para que alguém lhe escolhesse uma linha, talvez ela não valesse o tempo de um trago.

4 comentários:

  1. porque às vezes até um pensamento pode custar caro. descobrir-se naquele vazio entre uma indagação e outra.

    ResponderExcluir
  2. Olá passei para conhecer seu blog ele é not°10, show, espetacular desejo muito sucesso em sua caminhada e objetivo no seu Hiper blog e que DEUS ilumine seus caminhos e da sua família
    Um grande abraço e tudo de bom
    Ass:Rodrigo Rocha

    ResponderExcluir
  3. O último comentário foi aleatório, né não? Alguém conhece a figura?

    ResponderExcluir
  4. "e toda dor vem do desejo de não sentirmos dor"

    ResponderExcluir