Como de costume, andava pelas ruas de Sades procurando pequenos prazeres, e ao receber a grande notícia de que seu amigo havia retornado ao cargo importante da empresa em que se conheceram, não sentiu-se traído, pois de certa forma já esperava pelo acontecido. Tivera um misto de repugnância que era exatamente o que queria evitar na sua nova filosofia de vida. Atentou-se ao repórter, o portador da novidade, olhou ingenuamente para a câmara. A ansiedade de todos estavam em seus olhos, e então, Felício disse em tom secreto:
- Nunca achei que Principês estivesse errado, mas sabia que aos olhos dos julgadores que o condenavam sem nenhuma certeza aparente, saber do que Principês fez por pura diversão daria a eles motivos para enforcá-lo instataneamente. Fomos expulsos. Um pelo que nunca fez e acusaram ter feito, o outro por ter feito um pouco, mas nunca o que acusaram. Decidimos sair em silêncio. Meu silêncio era fidelidade e moral, o dele, um tanto de culpa. Ora, nossos idealismos! Fomos escorraçados do reino o qual há muito já não acreditávamos mais. O tempo passou sem que eu tivesse um contato verdadeiro com Principês. Vejam só, agora Principês volta ao grande cargo... Ele sempre gostou de poder, e achei que a política lhe fosse um bom caminho. Mas não faz sentido se o próprio ego é mais importante, não é mesmo? Como pode, meu caro sadês, trocar os escrúpulos por tirania? Eis que sigo acreditando na amizade e que, realmente, não me corrompo. Não presto, não nego. 'O que obviamente não presta sempre me interessou muito.' Mas tenho preferido não prestar em silêncio. E este é Principês...
Subitamente Felício fora cortado, pois entrava no ar a tão esperada coletiva de imprensa anunciando a volta de Principês. Coletiva esta que, faria com que as palavras ditas anteriormente perdessem o valor. Porque Felício era só um idealista romântico, já Principês era este aí...
- Nunca achei que Principês estivesse errado, mas sabia que aos olhos dos julgadores que o condenavam sem nenhuma certeza aparente, saber do que Principês fez por pura diversão daria a eles motivos para enforcá-lo instataneamente. Fomos expulsos. Um pelo que nunca fez e acusaram ter feito, o outro por ter feito um pouco, mas nunca o que acusaram. Decidimos sair em silêncio. Meu silêncio era fidelidade e moral, o dele, um tanto de culpa. Ora, nossos idealismos! Fomos escorraçados do reino o qual há muito já não acreditávamos mais. O tempo passou sem que eu tivesse um contato verdadeiro com Principês. Vejam só, agora Principês volta ao grande cargo... Ele sempre gostou de poder, e achei que a política lhe fosse um bom caminho. Mas não faz sentido se o próprio ego é mais importante, não é mesmo? Como pode, meu caro sadês, trocar os escrúpulos por tirania? Eis que sigo acreditando na amizade e que, realmente, não me corrompo. Não presto, não nego. 'O que obviamente não presta sempre me interessou muito.' Mas tenho preferido não prestar em silêncio. E este é Principês...
Subitamente Felício fora cortado, pois entrava no ar a tão esperada coletiva de imprensa anunciando a volta de Principês. Coletiva esta que, faria com que as palavras ditas anteriormente perdessem o valor. Porque Felício era só um idealista romântico, já Principês era este aí...
Genial!
ResponderExcluirDolorido...
ResponderExcluirse é que me entende.