Onde está a máquina que registra nossas inquietações?
E o scanner que captura nossas dúvidas?
Cadê o gravador de nossas lástimas?
Cadê o filtro que dilui nossas culpas?
Em que tipo de papel foi escrita nossa história?
Quantos megabytes tem nosso disco de memória?
Qual é o sistema que processa nossos dados?
Em que programa eles foram formatados?
será que algum dia já soubemos?
ResponderExcluiradorei! sempre fico 'procurando' uma melodia pra estas coisas que vc escreve.
sejamos honestos: a tecnologia ocupa um espaço decente na vida de um ser que outrora era suprido por outras desgraças. se hoje é o twitter, outrora era o jogo e a cachaça. não sejamos tolos para falar que a ignorância e a desgraça existe à partir de hoje. ela sempre existiu e sempre existirá. o grande problema que é colocado é que nunca antes na história do nosso mundo nós a enxergamos. e a exergamos em tempo real. se antes precisávamos de um baseado, hoje só precisamos responder ao "what’s happening?". se antes escrevíamos, hoje nos reduzimos a 140 caracteres ou a um álbum que mostra tudo aquilo que você não é no orkut. nossas banalidades é que chegaram ao ápice, não nossas sagradas invenções. eu sei que são analogias, mas sejamos honestos em fazê-las. se existe culpa, a culpa é nossa. se existe burrice, ela também é das pessoas que pensam e admitem tudo. portanto, entremos na mesma descarga, caríssimo: fomos todos formatados! e de nada adianta recuperar as tão e sonhadas memórias dos poetas e filósofos que deixaram-nos seus legados se não existem campos de aplicação, não existem ouvidos para ouvir e mentes para entender e abstrair. fizemos do mundo um barraco. e só.
ResponderExcluirUau!
ResponderExcluirMas isso aqui é só poesia mal escrita... :)~
Sim, fomos todos formatados, mas memória é importante, senão caímos na vala comum de que pesquisa não vale nada (o ex-presidente da Fundação Butantan acaba de declarar algo assim). 140 caracteres são só recadinhos. O "what´s happening" substituiu o "what you´doing" porque a ferramenta decerto transcendeu a impressão de "repositório de banalidades". Serve por exemplo para jogar links destes que acabaram te trazendo até aqui. Em momento algum me eximi de culpa. A culpa é nossa. Mas veja: não é de tecnologia que estou falando. Veja que tem papel na história. Escrever um tratado numa centena de folhas e deixar dentro de uma gaveta não serve pra nada.