Pequena reflexão sobre um dos clichês inevitáveis da vida: as embalagens do achocolatado, o rótulo na garrafa de cerveja e o slogan do carro popular e suas frases imperativas. Às ordens, senhores de nossas vidas!
Nos ordenam ir à caça, ao mergulho, a sermos nós mesmos, a nos jogarmos, a nos intensificarmos. Que covardes seríamos esperar pacientemente que o mundo mude, ou ainda, deixar com que uma marca nos diga quem devemos ser, não é mesmo?
Por outro lado, os dogmas, ou os mesmos rótulos, mas desta vez do telemarketing da funerária, do vendedor de carro tentando nos convencer a comprar o do airbag ou a empresa de segurança. Nos mandam não fazer nada que possamos nos arrepender depois. Dizem que toda ação tem uma reação - Newton discordaria disso, obviamente. Repetem que aqui se faz, aqui se paga.
Por outro lado, os dogmas, ou os mesmos rótulos, mas desta vez do telemarketing da funerária, do vendedor de carro tentando nos convencer a comprar o do airbag ou a empresa de segurança. Nos mandam não fazer nada que possamos nos arrepender depois. Dizem que toda ação tem uma reação - Newton discordaria disso, obviamente. Repetem que aqui se faz, aqui se paga.
Uma campanha limitada cheia de proibições e permissões desconexas tentando definir o que é ser livre. Temos a opção da margem e a do mergulho, mas o risco do afogamento é eminente. Além da absurda vontade de encontrar o oceano que esperamos, se jogar neste mar gigante é imoral, ilegal e engorda. O prazer é inegável, suportar julgamentos ignorantes dos que não suportam um ritmo diferente, é o desafio. Demanda coragem, já que as consequências provenientes do enfrentamento não são poucas.
Descobrir quem somos é um eterno exercício de desconstrução e até saber minimamente sobre isso, nunca conhecemos o que queremos da vida. Se jogar é a tentativa de entender tudo de um jeito mais adequado a nós mesmos. O quanto pretendemos perder, ganhar, nosso conceito de valores, o contexto em que decidimos, o nível de importância de cada fator fragmentado de nossas vidas. Prazer e tortura fatídicos.
Mas penso que, a maior tragédia é viver com a dor de não ter tido a curiosidade de se aprofundar em si mesmo: a única coisa que realmente importava no fim de tudo. Afinal, todo o resto, o que fazemos pra deixar pro mundo, mesmo que nada, é uma extensão do que começamos - ou não começamos - em nós.
Enjoy.
Mas penso que, a maior tragédia é viver com a dor de não ter tido a curiosidade de se aprofundar em si mesmo: a única coisa que realmente importava no fim de tudo. Afinal, todo o resto, o que fazemos pra deixar pro mundo, mesmo que nada, é uma extensão do que começamos - ou não começamos - em nós.
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