A formiga quer ser cigarra. Cansou-se de carregar grãozinhos de um lado para o outro. Quer sumir. Cantar até explodir, o que parecia tão absurdo, é agora uma idéia aceitável. Mas ela não sabe cantar. Não tem voz. Resolve sair para passear. Escapar da fila de formiguinhas, cada uma com um grãozinho de terra acima da cabeça. E foge. O caminho é um tanto diferente do verde habitual. Bem no alto, quase no topo, a pequena formiga encontra uma grande haste, que no final chega a mais cinco pequenas hastes separadas. Vai até um ponto próximo das hastes menores. É aí que ela sente o cheiro da ameaça.
A formiga não pensa duas vezes antes de cravar as presas no inimigo gigante. No entanto, em uma fração de segundos, percebe uma grande sombra vinda do alto, se aproximando. O tapa é tão forte que a dilacera.
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*Nota: tudo bem que não é um texto inédito. Postei anteriormente em outro blog, no ano passado, mas na época ele passou um tanto despercebido, e eu achei que seria uma boa oportunidade de "dar mais uma chance" ao texto. Espero que gostem.
No nosso peito bate um alvo muito fácil. Por vezes, muitas vezes, não nos damos conta desta fragilidade. Chega a ser surpreendente o quão frágil e forte somos para coisas tão contrárias.
ResponderExcluirBate umm alvo muito frágil, e, por vezes, quando não escravizados pela necessidade de sermos tão iguais, vontades de írmos além do que nos é tão comum e natural.
ResponderExcluirÀs vezes nos pintamos da nossas conquistas, e nos tornamos menos do que elas: e assim muito nos fazemos, inferiores ao que criamos; e diferente queremos ser.
Eu penso, muitas vezes a gente quer 'largar a peia' de tanta coisa, mas nosso ego fica sempre martelando 'como assim você abrirá mão disso, afinal, você ralou tanto para conquistar', dai algo que outrora fora sonho, se torna prisão e arrependimento... AI! Os homens.
Pequenas derrotas às vezes machucam muito...
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